Paisagens características de ambientes magmáticos

Paisagens características de ambientes magmático


Como o próprio nome diz este é o ambiente do magma, líquido quente e viscoso, que pode ascender rapidamente à superfície onde solidifica ou ascender lentamente, solidificando pelo caminho no interior da Terra.
A formação de dois tipos de rocha tão distintos a partir do mesmo material de origem desde cedo intrigou os geólogos.  Actualmente considera-se que o magma basáltico tem origem no manto. Quanto ao granito pode derivar da diferenciação magmática de magmas com origem no manto ou da mistura de materiais da crusta com materiais do manto, por exemplo, nas “raízes” de montanhas em formação.
Actualmente as rochas magmáticas formam-se em zonas tectónicamente mais activas onde o magma ascende frequentemente por falhas e vulcões e em zonas de formação de montanhas onde as intrusões de magma são frequentes.
  
  Magmas Andesíticos (Andesitos e Dioritos) Magmas Riolíticos (Riolitos e Granitos)
(fonte das imagens: www.cientic.com)
No que diz respeito à forma de ocorrência as rochas intrusivas podem agrupar-se em formas concordantes (lacólitos, «sills» ou filões camada, lopólitos e facólitos) e formas discordantes (filões ou diques, chaminés, apófises).
      Modos de Jazida (fonte: www.cientic.com)
É o parâmetro de classificação mais importante nas rochas magmáticas. Apesar da composição complexa do magma, as rochas magmáticas são constituídas por um pequeno grupo de minerais primários, principalmente quartzo, feldspatos e feldspatóides – minerais claros ou félsicos – e piroxenas, anfíbolas, micas e olivinas – minerais escuros ou máficos. Os outros constituintes classificam-se como minerais acessórios.
Refere-se à forma, arranjo e distribuição dos minerais na rocha. Nas rochas magmáticas está relacionada com a profundidade e rapidez da solidificação. Quando as rochas solidificam à superfície não formam cristais – textura afanítica - sendo impossível a identificação de minerais a olho nu, e se a solidificação for muito rápida chegam formam-se vidros vulcânicos – textura vítrea - sem minerais. Quando solidificam em profundidade a solidificação é mais lenta, há tempo para a formação de cristais, que são visíveis a olho nu – textura fanerítica - e por vezes de grandes dimensões – textura pegmatítica. As rochas faneríticas podem ser granulares – quando o tamanho e forma dos grãos são semelhantes e apresentam distribuição uniforme ou porfiróides quando no seio de minerais mais pequenos – matriz – se desenvolvem minerais de grandes dimensões - pórfiros.
Está essencialmente relacionada com a forma e orientação das diaclases provocadas pelas pressões a que a rocha está ou esteve sujeita que determinam o padrão de disjunção da rocha. A disjunção em bancos e a esferoidal é vulgar nos maciços intrusivos de granitos e granitóides.  A disjunção colunar é vulgar nas rochas magmáticas mas mais frequente em basaltos e rochas afins. A disjunção laminar é vulgar em intrusões como filões camada e diques, e pode confundir-se com estratificação.
É a forma particular de disjunção dos granitóides que está na base da formação das paisagens onde o caos de blocos e as suas pedras bolideiras dominam, como no norte do país e em Monchique, no Algarve.
Resultam da incorporação de fragmentos de outras rochas na massa do magma e diferem da rocha envolvente na composição, cor e textura. São estruturas 'relíquia' importantes quer pelas pistas que podem oferecer acerca das rochas envolventes na altura do magmatismo quer pelas informações acerca de zonas inferiores da litosfera, nomeadamente a base da crosta e a parte superior do manto.
Intrusivas – granito; sienito; sienito nefelínico*; diorito; gabro; dolerito* ou microgabro; lamprófiros*; peridotito 
Extrusivas 
    mantos – basalto*; riolito; traquito; andesito
    piroclásticas – tufos vulcânicos*; brechas vulcânicas*; bombas*
Classificação (fonte: www.cientic.com)

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